Edmond Lino Cabral D’Oliveira Robalo
O tempo, como conceito, merece ser explorado, quer seja pela sua importância científica, quer seja por quaisquer outros dos seus aspectos relevantes do nosso meio sociocultural (artístico, politico, filosófico, económico…).
Por isso, ele tem sido objecto de pesquisa e reflexão tanto nas Ciências da Natureza como nas Ciências Humanas. Sabemos de antemão que o estudo do tempo desperta um fascínio e interesse proporcional á dose de mistério que esse tema acarretou ao longo da nossa História. Tendo como fio condutor as análises que procuram discutir como se dão as relações que a pessoa mantém com o seu tempo, este texto pretende, sobretudo, examinar os vínculos entre tempo, indivíduo e vida social. Tem sido sugerido que atingimos um momento em que a própria sobrevivência da sociedade, da forma como a conhecemos, está ameaçada. A desintegração dos velhos padrões de relacionamento humano, e com ela a derrocada do elo entre as gerações, entre passado e presente.
Desde as primeiras civilizações, cada organização social apresentou a sua noção do tempo que lhe auxiliou na construção da sua própria identidade, da sua cultura. Ao desenvolver-se a escrita, deu-se a primeira tentativa de subjugar o tempo e as forças da natureza. A memória, perde assim, a sua importância de aglutinadora social. O tempo após o surgimento da escrita torna-se linear, e os conceitos de interpretação, de progresso abrem novos espaços para o homem racionalizar o seu tempo e/ou espaço. As luzes da modernidade da Ciência, iluminam a relação do homem com as forças naturais.
A tecnologia encurta os espaços e dilata o tempo. Para certas sociedades desenvolvidas não há mais como imaginar uma vida sem meios de transporte e de comunicação, enquanto que para outras esta ideia está longe de ser a realidade quotidiana. Tomemos como exemplo as disparidades existentes entre a sociedade desenvolvida e a sociedade subdesenvolvida. Para ser mais preciso tomo como exemplo a diferença entre a Europa e a África, onde a terminologia “Tempo” é vivida de maneira completamente diferente. Se para um europeu quase não há tempo para nada, já para um africano a ideia é completamente diferente. Um africano leva a sua vida conforme as necessidades. Quero com isto dizer, que enquanto que para o Ocidental tempo é dinheiro, para o africano o tempo não passa disso mesmo. Na Europa a tecnologia evoluiu de tal modo que já nem é preciso sair de casa para poder resolver certos assuntos do quotidiano. Ou seja no meu ponto de vista o tempo é subjectivo, depende da forma e do espaço onde é empregado. E muitas das vezes não passam de meras ilusões geradas pelas nossas mentes. A verdade é que o nosso mundo anda de “pernas para o ar” e ninguém parece reparar que o tempo está a passar e nenhuma solução para, tantas mortes, doenças, pobreza, guerras…etc.
O termo tempo parece estar, e exclusivamente, a ser usado só para o mal, para a ganância, para o egoísmo, o desprezo e pela avareza.
TIC-TAC; TIC-TAC….